quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A AIDS SOBREVIVE

            Há muitos anos convivemos com a descoberta da AIDS. Tempo este, suficiente para despertarmos a nossa atenção com os cuidados que devemos ter com a nossa vida sexual e o uso irresponsável de drogas injetáveis.
           
            Inventamos tecnologias formidáveis que ajudam toda a humanidade a evoluir e, nos comportamos como tontos e infantis diante das possibilidades de uma aventura sexual ou, de viver um estado alterado de consciência.
           
            O filósofo Aristóteles(384 -322 aC), que viveu na Grécia, preveniu os homens com relação as paixões que não auxiliam o equilíbrio da razão. Ele falou com autoridade sobre a Prudência, trezentos anos antes de Cristo. E aqui estamos nós, quase 2500 anos após receber os conselhos de um dos maiores filósofos da história, padecendo a expansão da AIDS que é considerada uma pandemia.
           
            Nós podemos nos divertir, ter e sentir prazer em uma relação sexual, mas devemos permanecer em alerta para os riscos que envolvem uma diversão. O momento da “loucura” exige segurança, pois as consequencias são graves e têm ceifado a vida de pais e mães de família, jovens em idade de começar a viver e crianças recém nascidas. Todos entram em luta por uma sobrevida.
           
           Nos últimos anos a área de imunologia desenvolveu novas tecnologias, criou  medicamentos mais eficazes, o que acarretou em melhoria de sobrevida e tempo de vida aos portadores do vírus HIV. O governo implementou um sistema de distribuição gratuita dos remédios para o tratamento da doença, juntamente com uma cultura de monitoramento que ajuda a evitar a propagação das doenças oportunistas. Mas as pessoas ainda morrem por terem contraído o vírus.
           
             A AIDS precisa ser encarada como um problema individual e coletivo. Mesmo as pessoas que tem uma vida equilibrada, que seguem os conselhos de Aristóteles, podem ser atingidas por uma epidemia de tuberculose, por exemplo, que é uma das doenças oportunistas que acompanham o quadro de baixa imunidade que o vírus HIV provoca.
           
            A doença não é um problema dos outros, é um problema nosso. Temos que orientar as crianças desde muito cedo, antes da adolescência, pois nesta fase já não querem mais ouvir e, até amadurecerem, o estrago já aconteceu. Antigamente a maior preocupação nesta fase era a gravidez precoce, mas agora se soma mais um problema grave a ser discutido na pré-adolescência.
           
            Temos que encarar a realidade e refletir: por que existem “profissionais do sexo” em nossa sociedade? O que é este aspecto doente do ser humano que redunda em barbárie? Prostituição, estupros, pedofilia entre outras violências sexuais e morais que existem há muito tempo.
           
             Hoje existem profissionais especializados da área de saúde para atender toda a população. Temos que assumir as nossas fraquezas e tentar melhorar-nos como seres humanos. Só temos a ganhar em humanidade, fraternidade e dignidade ao olharmos e tratarmos os fatos que hoje “aparentemente” não nos afetam.
           
O “escândalo” é necessário para refletirmos a nossa atitude ou a “falta” dela.

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